Verdes são os campos


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Uma homenagem ao nosso querido e incomparável Zeca Afonso.
Cantada por Uxia, uma cantora espanhola, e a letra do ilustre Luís Vaz de Camões.

Luis Vaz de Camões


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"Amoroso por excelência e foi o amor que simultaneamente o fez grande e lhe despedaçou a vida"

No 10º ano começa agora um novo capitulo de estudo. Começamos a estudar o grande poeta lusíada: Luis Vaz de Camões.

Camões entre o mito e a realidade
-Filho de Vaz de Camões & Ana de Sá, pensa-se ter nascido em Lisboa em 1524. A sua morte deu-se a 10 de Junho de 1580 (feriado festejado pelo povo português).
-Sendo o amor o grande componente da sua vida e fonte de inspiração para muitos dos seus poemas, na corte apaixonou-se pela Infanta D. Maria e por D. Catarina de Ataíde, mais tarde, no Oriente, Dinamene foi também um amor perdido.
-A inveja que muitos tinham por ver nele um génio da escrita, fez com que ganha-se muitos rivais.
-Alistou-se como soldado e foi para Ceuta onde, em combate, perdeu o famoso olho direito.
-Ao regressar a Lisboa, levou uma vida boémia, metendo-se em rixas e acabando por ir parar à prisão do limoeiro.
-Perdoado pelo rei e procurando felicidade, partiu para o Oriente e para um longo exílio (1553-1568). Diz-se que escreveu o seu grande poema épico num covil de piratas em Macau. Nesta altura sofreu um naufrágio no Rio Mecong do qual salvou o seu imortal poema - Os Lusádas.
-Regressou à terra natal passado 16 anos, trazendo apenas o seu manuscrito, que publicou em 1572, mas cujo proveito não pode usufruir.
-Jaz agora em campa rasa no Mosteiro de Santa Ana.

Para uma pré-leitura da lírica camoniana:
-Na lírica camoniana os temas predominantes são:
-Amor
-Saudade
-Insatisfação
-Morte
-Sentimento de pecado
-Desconcerto(*)
-Religião
-Poemas de circuntância

(*) Um exemplo de um poema de desconcerto é a esparsa:
Os bons vi sempre passar
no mundo graves tormentos;
e, pera mais me espantar,
os maus vi sempre nadar
em mar de contentamentos.
Cuidando alcançar assim
o bem tão mal ordenado,
fui mau; mas fui castigado.
Assim que só pera mim
anda o mundo concertado.
-Ainda com bases da Idade Média, tal como Sá de Miranda, usou a redondilha. Mas, como é natural, usou também a medida nova posta em uso pelo renascimento em alguns subgéneros da estética clássica:
-Soneto
-Terceto
-Oitava-rima
-Canção
-Ode
-Elegia
-Eclóga
-Virgilio, Ovidio, Horácio, Petrarca foram grandes influências para Camões.
-Sendo Petrarca a influência maior. De quem Camões aproveitou a seu modo os temas, os tópicos, os giros estéticos, que se tornaram a gramática poética obrigatória da poesia amorosa do renascimento.
-Alguns desses temas derivam da poesia provençal e do romance cortês onde a mulher era vista e tratada como deusa

Tudo isto fez com que Camões ainda hoje seja recordado

Caixinha de musica IV


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Da Maria:
Rui Veloso - Primeiro Beijo



14 de Fevereiro de 2010

Carta de amor I


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Porque hoje é dia dos namorados:
Assim que li a tua apresentação, o meu coração disparou a 30Km/h. Senti que fomos talhados um para o outro.
A maneira como escreves, a forma como colocaste as aspas nas más-línguas para não provocar problemas nos corações mais frágeis, a maneira como as reticências foram colocadas para deixar o nosso pensamento fluir. Aiiiii, esta carochinha está rendida aos teus encantos.
Tenho apenas e somente 50 belos anos, mas com curvas a dar para os 25.
Sou solteira desde nascença e sem filhos, até hoje.
Pratico judo às segundas, quintas e domingos de manha. Às terças e quartas, espaço abertos para as danças, geralmente tectonic e breakdance. Nas sextas e sábados costumo ir a concertos na zona, os meus favoritos são os da Fnac, porque o artista partilha várias opiniões connosco e estabelecemos um certo contacto.
Sou muito querida e boa ouvinte (vês como encaixamos bem?)
Acho que esta sexta-feira estou livre, por isso, que tal um chazinho naquele bar que abriu perto da praia?
Fico á espera de resposta.
(Junto envio o e-mail e , caso não esteja contactável, também deixo aqui o facebook, hi5 e numero de telemovel que, caso sejas moche, não pagas a chamada.)





De: Tua Carochinha

Maria'J


Amor


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Tal como todos vós, também eu tenho memórias de infância. Memórias daquele tempo em que tudo parecia tão simples, tudo parecia tão perfeito e em que ninguém esperava nada de nós. A única coisa que nos era pedida era que fossemos crianças. Nessa altura, tal como todos, eu adorava histórias de encantar. Histórias em que existia uma princesa que foi presa pela sua madrasta má num castelo e que, um dia, viria um nobre cavaleiro salvá-la e que viveriam felizes para sempre. Na altura, fascinava-me a ideia de haver amores assim. Amores em que nós arriscamos a nossa própria vida para salvar a da pessoa que amamos; amores em que basta um simples olhar para saber que aquela pessoa é “a tal”; amores em que os apaixonados vivem juntos para sempre. Porém, depressa descobri que, hoje em dia, não há amores assim. Os namoros de hoje em dia já não têm por base o amor, mas sim o interesse. Já não existem aqueles namoros para toda a vida. Hoje namoram com um, amanhã com outro e andam assim durante anos a enganarem-se a eles próprios. O que é isso? Será que já toda a gente se esqueceu do que é o amor verdadeiro? Estar verdadeiramente apaixonado é assim tão parvo? Ou será que não há paciência nem tempo para cultivar o amor? O amor é como uma planta: tem que ser regada e tratada com carinho, se não morre. Se numa relação não houver compreensão e carinho mútuo deixa de ser um namoro e passa a ser uma mera sociedade. Infelizmente é a realidade de muitos casais e é por toda a gente se ter esquecido do que é amar que hoje em dia há tantos divórcios e tantos casamentos falhados. O pior nisto tudo é que aqueles que sofrem mais são sempre os mesmos: as crianças. Elas, sem terem culpa nenhuma vão ser usadas como desculpa para tudo e mais alguma coisa e vão ter sempre a noção que, na família deles, não existe amor verdadeiro.


A'Sofia

Caixinha de musica III


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Da Maria :
Led Zeppelin - Stairway to heaven
9 de Fevereiro de 2010



Memórias de estante


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Nenhuma criança gosta de ir para a cama, não quando tem um mundo de brincadeiras para descobrir. E obviamente eu não fui excepção.
Adorava ficar a brincar até todos os gatos serem pardos. Não precisava dos brinquedos todos espalhados no chão ou da televisão no canal dos bonecos, às vezes nem de companhia precisava. Podia ficar somente no sofá a imaginar que à minha volta estavam muitas pessoas, os chamados amigos imaginários, podia ficar a ver passar os anúncios na televisão até começar a novela, para depois mudar para outro canal para mais anúncios ou podia simplesmente arranjar uma coisita qualquer para ter nas mãos. Não gostava de ir para a cama, mas também não dramatizava a situação, não fazia birras, pedia mais um pouco, insistia e persistia… mesmo que em vão.
Até que um dia comecei a gostar de ir para a cama, gostava de ouvir as histórias daqueles meus livros da estante. E gostava ainda mais de ir para a cama em casa do meu pai, porque na estante que eu lá tinha, havia a enorme colecção da Anita que, antes de ser minha, era da minha tia. As histórias eram contadas pelo pai e muito saboreadas pela filha. As traquinices e aventuras de Anita e do Pantufa, as idas à praia com os primos… todos os pormenores e imagens eram bem gravadas por mim.
Houve uma história que me chamou particularmente a atenção e sabia que se a lesse iria ser a minha preferida, mas quando abri o livro apenas caiu uma folha de lá de dentro, era a única que restava daquele livro “ A Anita vai ao Teatro”. Tinha o desenho da Anita a remexer num baú com roupas antigas, a escolher um vestido para a peça de teatro. Mesmo sobrando uma folha pedi para a lerem, e no fim, muito desanimada, perguntei porque é que não havia mais daquela historia, obtendo como resposta: “sabes, tal como as pessoas perdem cabelos com a idade, os livros também perdem folhas”. Na minha ingenuidade de criança pensei que aquele livro estava quase a morrer por já não ter folhas. Então voltei a pô-lo na estante na esperança de que os outros livros lhe emprestassem folhas.
Arranjei outro livro, que na capa dizia “Anita mamã” e tinha a imagem da Anita com um bebé ao colo. Eu já sabia ler naquela altura, mas se eu lesse não conseguia perceber a história, e eu queria mesmo percebe-la, porque a Anita era uma menina que tinha a minha idade e ainda não podia ter filhos.
Nessa noite, não pedi para ficar a brincar, fui a correr lavar os dentes e depois a correr para a cama. Até já tinha o livro fora da estante para não perder tempo a procurá-lo. Então começou a história, e quando acabou eu ri-me com aqueles típicos risos de criança. Para meu alivio a Anita não era mamã, mas tinha ficado a tomar conta do irmão mais novo dela.
Até ser grandinha e de o meu pai ter doado a colecção da Anita a um infantário, lia várias vezes as pequenas histórias, principalmente a da “ Anita mamã”. E aquele livro não envelhecia porque eu tratava-o bem e guardava-o com cuidadinho. O outro de que também gostei muito morreu quando o meu pai o deitou no lixo dando como desculpa que ele já não servia para nada. Nunca mais vi livros como aqueles, vi uns mais modernos com as mesmas histórias e imagens, mas nunca nenhum como aqueles. Aqueles eram especiais, por eles tinha passado o tempo, tinham passado as viagens e os lugares aonde a minha tia e eu os tínhamos levado, tinham passado as noites de inverno a serem lidos debaixo dos cobertos ou junto á lareira, as tardes de verão na sombra do jardim… Muitas coisas que só aqueles meus livros, daquela minha estante tinham. Muitas coisas que eu antes sabia de cor.
Agora existe a mesma colecção, um pouco mais moderna, mas que as crianças de hoje em dia não conhecem. Não é que os livros já não se vendam, mas hoje em dia se não há dragões, carros, monstros, princesas, príncipes ou fadas madrinhas, já não é história. E é pena, porque histórias daquelas são óptimas para ler, são fáceis de entender e são simples, muito simples na verdade, e continuam a ter aquela viagem no expresso para a ilha dos sonhos.
Depois de já não ouvir falar da Anita, percebi porque gostava tanto das histórias. Percebi que ao contrário de todas as histórias não se passava entre “era uma vez” e “viveram felizes para sempre”. Não eram histórias iguais a todas as outras em que já sabíamos o fim. Eram apenas as histórias da
Anita.
Maria'J


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Vamos falar de recordações.
De quando eramos pequeninos, faziamos disparates e as nossas mães corriam atrás de nós.
Como esse tempo era bom.
Eramos tão inocentes e nem o frio nos impedia de brincar, muito menos de sonhar.
Agora que crescemos, guardamos as recordações numa caixinha no fundo do armário, mas ainda não as esquecemos.
Maria'J

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