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Parabéns à Sofia que fez 16 aninhos no sábado. Que venham muitos mais 16 :D

Por do sol


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Estava uma linda tarde de Verão. O mar reflectia os tons laranja do sol e o barulho das suas ondas envolvia quem ali passasse numa harmoniosa serenidade. A praia estava quase deserta. Hoje em dia ninguém tem tempo para apreciar o maravilhoso final de tarde deitado numa praia. Andamos todos demasiado ocupados com o nosso trabalho e os nossos problemas e nem nos lembramos de aproveitar a maravilhosa sensação de estarmos envolvidos nos últimos raios de sol. Naquela praia onde, durante o dia, centenas de turistas aproveitavam as águas calmas do mar havia um jovem. Um jovem, com os seus 16 anos, alto e musculado e com uns olhos castanho avelã. O que mais me impressionou naquele jovem foi a maneira como os raios de sol recortavam a sua silhueta e como faziam brilhar os seus olhos. Aqueles olhos profundos, meigos, em que uma pessoa se perdia. Conforme ia caminhando na sua direcção apercebi-me ainda mais da sua beleza. O seu cabelo castanho, molhado pelo mar, e a sua pele morena queimada, pelas longas horas a que esteve exposto ao sol ,tornavam-no no rapaz mais bonito que eu alguma vez vira. Não havia uma única coisa que eu não gostasse nele, uma única coisa que eu mudasse. Era simplesmente perfeito. Estava deitado ao lado da sua prancha de surf e perguntei-lhe se me podia sentar ao lado dele. Com uma grande delicadeza levantou-se, entendeu a sua toalha e disse para me sentar. O tempo parecia que tinha parado. Era só eu, ele e o pôr-do-sol. Nada poderia estragar aquele momento. O sol tocava no mar e fazia com que as suas ondas se transformassem num enorme arco-íris de cores. O som das ondas do mar a tocarem na falésia levava-nos para um mundo distante, onde não há problemas, preocupações, guerras nem tristeza. Um mundo onde tudo é perfeito e todos vivem em perfeita harmonia. Queria que aquele momento durasse para sempre. Que permanecemos ali, os dois, sentados um ao lado do outro a contemplar a beleza incomparável do pôr-do-sol, do mar, das dunas, do céu, de tudo.

Passado algum tempo senti uma leve brisa. Só aí notei que já tinha anoitecido e que tinha que regressar a casa. Sem eu lhe dizer nada, ele levantou-se, pegou na sua prancha de surf, na sua toalha e na sua camisola e disse para a vestir, pois não queria que eu passasse frio. Saímos os dois da praia e ele acompanhou-me a casa. Acho que nunca desejei que esse caminho fosse tão longo como naquele momento. Embora não tivéssemos trocado uma única palavra durante o caminho todo, senti que havia algo nele que o diferenciava de todos os outros rapazes. Algo que o tornava tão único. Quando cheguei a casa perguntei-lhe se o voltaria a ver e ele disse-me que, se esse fosse o nosso destino, que iria sempre encontrá-lo.

A partir desse dia regressei sempre àquela praia e, sentado no mesmo sítio, e sempre com aquela tranquilidade que me fez ficar fascinada estava ele, a contemplar o pôr-do-sol e, ao seu lado, estava sempre eu. Ambos, em silêncio, a contemplar o espectáculo natural mais bonito e mágico do mundo.



A'Sofia

Uma página de Diário ( Teste )


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2 de Fevereiro de 2010

Hoje o dia foi estranho. De manhã, senti-me colada à cama, não me queria levantar nem mesmo com os raios de sol a baterem no ecrã do computador. Na minha cama senti que estava protegida e que nada me afectava. Só quando os homens das mudanças começaram a berrar, debaixo da janela do meu quarto, umas quantas indicações sobre mobílias, é que me levantei. O vizinho estava-se a mudar. Talvez ainda lhe pudesse dizer bom dia!...
O primeiro erro do dia foi ter-me esquecido dos óculos de sol. A Camila ter-me-ia lembrado assim que acordasse, mas do outro lado do mundo o tempo não é igual.
Tudo estava a ficar complicado, primeiro os óculos, depois o mp4 sem bateria e, como se não bastasse, o cartão de memória da Nikon estava cheio. Não havia nada a fazer, metade do dia já estava mal.
A escola decorreu normalmente. Mas que seria a escola sem a enfadonha rotina?
No caminho de regresso a casa, já nem caminhava, arrastava os pés. A falta que a Camila e o Rafael me fazem! O sorriso deles e a motivação que me davam! Do outro lado do mundo não é igual.
Cheguei a casa. Ninguém como sempre. A mochila a um canto e a polaroid da avó Adélia já nas minhas mãos. A mulher de cabelos brancos que me chamava neta também faz falta.
Tocaram à campainha. "O mais certo é ser a minha mãe que voltou a esquecer-se das chaves." Fui abrir. E assim que abro a porta: duas pessoas, nitidamente morenas, estilo de turista e sorriso nos lábios. "Oh como tinha saudades da minha Camila e do meu Rafael!" A polaroid disparou e a fotografia saiu perfeita. Estavam lá eles! Amanhã descrevo os pormenores. Agora vou dormir, bem contente, porque amanhã já nada pode correr mal. Por isso até amanhã.

Boa noite!


Maria'J

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